Notei uma coisa um dia desses, que existem vários sistemas de classificação, pra praticamente tudo, desde cores, materiais, gosto, PH, rugosidade, resistência e condutividade eletrica, etc... mas falta um sistema de classificação de cheiros. Talvez porque faça parte de um sentido do homem mais sujeito a várias opiniões, depois do paladar, o olfato.
Pesquisando no Google descobri mais coisas na linha dos aromas dos vinhos e perfurme e uns esotéricos como aromaterapia e semelhantes. Também várias referências a cheiros ruins... notadamente as flatulências... mas como esse é um blog sério me recuso a escrever sobre isso.
Aonde quero chegar mesmo é nas memórias olfativas. De como os cheiros, os aromas nos marcam e como podemos ter lembranças agradáveis ( ou não ) com eles.
Lembro bem de quando tinha 5 anos e um fato que trago na memória olfativa é o cheiro de pãozinho quente pela manhã, pois morava num apartamento em cima de uma panificadora, numa cidade bem fria. Era gostoso sair cedo na rua ( ia pra escola cedo) e sentir o vento frio e o cheiro agradável de pães quentinhos... uma sensação inaudita. Como descrever esse cheiro ? Se houvesse um sistema de classificação ele quantificaria o "sabor", a intensidade e a duração adequadamente ?
Outra lembrança olfativa que tenho de quando era criança era o cheiro dum carro que meu tio teve, um Camaro 1976, um dos últimos importados pro Brasil antes de proibirem as importações ( período 1976-1990). Tinha bancos de couro e um cheiro ma-ra-vi-lho-so, que depois nunca mais senti em outros carros como naquele !
Tudo indica que quando somos crianças nossos sentidos são mais aguçados, o mundo todo é uma novidade e nos marca muito mais do que depois que crescemos.
Acho que a ciência ainda precisa estudar muito esse assunto, a mim me parece interessantíssimo !
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