Posto essa entrevista que saiu dias atrás por causa das repercussões que houveram...a impressão que tenho é que esse Greenwald quer ver o circo, o grande circo, pegar fogo e não se importa se tem gente embaixo da lona !
Assange, Greenwald e Snowden... pra mim são simplesmente contra os EUA, não contra a espionagem. Porque eles então não divulgam o que fazem os outros países, a Rússia, a China, a Coréia do Norte e o Irã que violam sistematicamente os direitos humanos ? Que perseguem e matam seus próprios cidadãos ?
Se não fosse os EUA recolhendo dados de inteligência ( eufemismo para espionagem ) o mundo teria sido dominado pelos Nazistas, Comunistas e os Radicais Islâmicos a muito tempo !
Acaba que a conduta desses assim chamados delatores beira à uma conduta anormal, porque estão expondo o sistema de segurança do Ocidente. Pra mim lembra o casal Julius e Ethel Rosenberg, traidores condenados à morte nos EUA por divulgarem aos soviéticos os segredos das bombas nucleares. O mundo não ficou melhor por causa disso !
O pior é que estão usando essas informações duma maneira que beira à chantagem ! Depois dessa entrevista apareceu as denúncias deles que a Petrobrás foi espionada, mas mostraram não as informações espionadas mas sim uma apresentação da NSA dizendo que grandes firmas eram alvo das atividades da inteligência.
Isso que divulgam... quem garante que é verdade ? Quem garante que não são de interesses dos outros países ? Quem garante que não existem mentiras infiltradas no meio ?
Que país que não tem sistema de informações ? Quem não tem pecado que atire a primeira pedra !!
Lembrei-me daquelas frases : “Quem tem a informação tem o poder” e “Quem não deve não teme”.
Você prefere entregar suas informações pra uma democracia ou pra uma tirania ? Até onde podemos chamar de Imperialismo a atitude dos Estados Unidos em intervir no mundo, com tantas ameaças muito piores ? Você decide... senão voltemos todos para as máquinas de escrever e lacre bem seus envelopes.
A verdade é que o “big Brother”, o 666, o Controle Total está as portas... só falta unicamente as pessoas aceitarem. Eu pessoalmente acho que o nível de violência no mundo irá subir de tal maneira, tanta iniquidade, violência e impunidade que as pessoas vão clamar pra terem o sinal da besta na testa ou na mão direita, com eles prometendo que as pessoas terão segurança, em troca da anulação total da privacidade e individualidade.
Quem viver verá...
Xracer
O guardião dos segredos de Snowden
Correio Braziliense - 06/09/2013
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Quase todos os dias, o norte-americano Glenn Greenwald — jornalista do diário britânico The Guardian — conversa pela internet com Edward Snowden, o ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional (NSA, pela sigla em inglês) e ex-assistente técnico da Agência Central de Inteligência (CIA) que se transformou em inimigo número 1 dos Estados Unidos. Por meio de um software de criptografia, Snowden repassou ao repórter cerca de 20 mil documentos sobre a espionagem praticada pela NSA. Em entrevista ao Correio, por telefone, Greenwald afirmou estar “muito contente” com a repercussão das denúncias e revelou que mais dados sobre a vigilância da comunicação da presidente Dilma Rousseff serão divulgados no domingo. Greenwald, 46 anos, contou que a posição de destaque no cenário internacional seria o motivo pelo qual a Casa Branca decidiu espionar o Brasil. “Muitos documentos, ainda não publicados, são muito sérios e vão deixar muitos no mundo chocados, incluindo o Brasil”, avisou. O jornalista explicou o funcionamento da NSA e admitiu temer por sua segurança.
O senhor se considera um arquivo vivo? Teme ser morto por receber informações de Snowden?
Claro. Se você faz reportagens contra uma das nações mais poderosas do mundo, é claro que há riscos. Os riscos são óbvios. Também tem pessoas em meu país que me ameaçam, falam que sou um criminoso e que devo ser preso. Eu sabia que isso aconteceria. O jornalismo é importante e sempre tem riscos. Com certeza, vou continuar sempre.
O senhor tem tomado alguma precaução? Sua rotina mudou?
Estou tomando mais cuidado com a segurança, estou usando bastante criptografia quando utilizo a internet. Evito falar muitas coisas ao telefone. É claro que há muita pressão e ameaças, mas, com certeza, estou muito contente com tudo.
Que interesses os Estados Unidos teriam em espionar a presidente Dilma Rousseff?
Em primeiro lugar, o Brasil está crescendo muito em sua importância com tudo, com petróleo, energia, questões econômicas e industriais. Acho que os Estados Unidos querem essa vantagem, para saber tudo o que o governo brasileiro está fazendo com temas econômicos. O governo americano pode saber tudo o que todo mundo está comunicando, planejando e pensando. Isso aumenta muito o seu poder. Eles (os EUA) podem ter mais poder contra o Brasil, quando estiverem negociando acordos ou planejando tudo. Eles têm informações sobre a vida privada de políticos, o que lhes faz ter mais poder ainda. Esses são os motivos pelos quais os Estados Unidos utilizam a espionagem sempre.
O Pré-Sal e o fato de o Brasil ter um governo de esquerda seriam incentivos à espionagem?
O Brasil é muito mais independente e um país mais forte do que antes. O governo norte-americano sempre olha como uma ameaça aqueles países que nem sempre lhe obedecem. Quanto mais um país desobedecer aos EUA, mais será visto como uma ameaça. Quanto mais independência, força e influência o Brasil tiver, mais os EUA vão olhar para ele como uma ameaça.
O governo brasileiro adiou a visita preparatória para a viagem de
Dilma a Washington. Como vê essa resposta?
O governo está mostrando que olha para essa invasão à privacidade de Dilma e de todos os brasileiros como algo muito sério. Todos os brasileiros vão precisar decidir se querem um governo capaz de proteger a privacidade e a independência do Brasil.
Quantos documentos foram entregues ao senhor por Snowden?
Eu não contei, mas deve haver uns 20 mil documentos que ele me deu, talvez mais. Muitos documentos, ainda não publicados, são muito sérios e vão deixar muitos no mundo chocados, incluindo o Brasil especificamente. Uma reportagem, que será divulgada logo, trata de uma denúncia mais séria ainda do que a reportagem sobre Dilma ou sobre a espionagem contra brasileiros.
O senhor mencionou em sua conta no Twitter que uma nova denúncia seria divulgada no domingo.
É possível antecipar algo?
A reportagem vai abordar como os EUA fazem a espionagem contra o Brasil. Vamos dar muito mais informações sobre os motivos reais. Obama está sempre falando de terror e segurança nacional. Não é verdade nem um pouco. A reportagem vai mostrar isso.
O programa de espionagem da NSA ainda funciona?
Que métodos ele utiliza?
A NSA tem 75 mil empregados — 25 mil trabalham para a agência e 50 mil têm contrato com o governo. Eles coletam dados em outros países e usam grandes empresas de telecomunicações, que exploram o acesso ao sistema. Por exemplo, há empresas grandes que têm contrato com companhias de telecomunicações brasileiras. Com esse acesso, elas roubam os dados da internet e de telefones e os repassam para a NSA, que trabalha com Facebook, Google, Microsoft, Yahoo e Skype. São empresas usadas pelo mundo para se comunicar.
Os esforços de Obama em atacar a Síria seriam uma artimanha para ofuscar o caso de espionagem?
Desde 11 de setembro de 2001, sempre que há um debate sobre terrorismo, o governo americano faz a mesma coisa. De repente, criou um relatório no qual revelou uma ameaça de terrorismo muito séria. Ele sempre quer que o povo tenha medo, para aceitar qualquer coisa que faça. Quando a nossa reportagem começou, há três meses, pouco depois o governo foi para o The New York Times e disse ter descoberto um complô muito sério da Al-Qaeda. Obama afirmou que a descoberta foi possível porque a NSA monitorava as comunicações. Agora, o mesmo ocorre com a Síria. O governo alega que a NSA descobriu o uso de armas químicas na Síria.
Muitas pessoas dizem que a espionagem é comum às potências...
Um motivo muito grande, como Snowden me disse, é para dar às empresas americanas vantagem em questões industriais e econômicas. O alvo da espionagem é, em parte, o terror. Mas a grande maioria diz respeito à coleta de informações de pessoas e de empresas que têm influência e segredos de informação, a fim de ajudar companhias americanas.
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