sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Grandes Brasileiros

Comprei uma 4 Rodas especial que saiu nas bancas no final do ano, a edição dos carros que marcaram época no Brasil, Grandes Brasileiros !

Na capa o simpático Fusquinha. Gostei muito da edição, eu leio e coleciono a revista desde 1977 ( com exceção do período de 1982 a 1992) e essa seção dos Grandes Brasileiros é uma das que mais me atraem, depois do fim das edições especiais de Carros clássicos, edições soberbas e interessantíssimas, muito bem produzidas.
No caso observei porém uma divergência, no VW Brasilia temos mostrado um modelo 1982, mas que tem o volante do modelo 1980, isso eu sei porque meu pai teve uma Brasilia LS 1982 e o volante era igual ao do Gol. Essa Brasilia foi do último ano de fabricação, carro em que aprendi a dirigir e que tenho grande carinho, difícil de encontrar pra vender em estado colecionável. Ainda tenho a lembrança olfativa dela, do aroma delicioso do carpete e da pintura de quando nova. Tenho fotos do dia em que a pegamos na concessionária, tirei fotos por fora e por dentro, com os plásticos nos bancos ainda, precisava escanea-las...

Note o painel bem acabado, com imitação de madeira, ventilador, rádio Blaupunkt, relógio e vacuômetro ! Esse é o volante do modelo 1980 na foto. Eram as Brasilia mais silenciosas que sairam, o isolamento acústico do motor era melhor, o do meu pai era completa, incluindo os vidros verdes e aquecimento.
Ford Corcel. Esse carro me marcou muito, pois também meu pai teve um, só que o modelo 1972, na revista mostra um modelo 1971. No modelo de 72 a grade era um pouco diferente, sem o "bico" e com o emblema no meio. Não tinha esse friso cromado lateral e o painel tinha 2 mostradores redondos grandes em vez de 3, comandos do ventilador e desembaçador deslizantes e acima do rádio (Philco Ford), que eram a alegria da criançada na época, e me deixaram fascinados. Tivemos em casa 4 Corceis, de 2 dos antigos e 2 dos modelos Corcel II e digo, quem aprende a correr nesse carro manda bem em qualquer carro, pois era muito mole de suspensão, saia muito de frente (sobresterçante), mas ao mesmo tempo era incapotável praticamente !
Esse Dodge Charger R/T é especial também, seu ronco do motor V8 era música aos ouvidos, era o supra sumo dos carros nacionais e até hoje respeitadissimo ! Note o preço atualizado do mesmo, hoje em dia compra-se um Ford Fusion e sobra troco ainda ! A diferença de motorização e potência na época era abismal entre os Dodges e os demais automóveis ! Tive o prazer também de andar num que meu tio teve e que guardo agradáveis lembranças !

Este Uno também lembrou de um dos Uno que tive, um modelo CSL 1985, muito novinho, motor 1300 a álcool, andava bem, mas era só 4 marchas. Depois tive outro S 1991 1300 a gasolina também, cheirando a novo quando comprei e que era muito econômico e agradabilíssimo de dirigir, mesmo sem ter direção hidráulica nem ar e nem vidros elétricos. Sabe aquelas lembranças agradáveis que um carro te dá ? Esse me traz também boas recodações !

Grandes carros aos nossos olhos, grandes brasileiros !!


5 comentários:

Douglas Antunes disse...

Xracer,

Não sabia dessa edição especial, até porque faz um bom tempo que não compro a QR. Gosto da revista, até tenho uma coleção razoável, mas sou órfão das Motor-3.

Mas a iniciativa de criar esta edição especial é interessante, a QR tem um acervo invejável - só imagino o quanto de foto bacana tem guardada - e material a beça.

E dos carros, alguns me trazem boas lembranças: O Charger R/T é o meu preferido, sou fã destes incríveis "muscle cars nacionais".

O Uno, ou melhor da família Uno, eu guardo boas lembranças: meu tio teve um Prêmio CS 1985/86 muito original, lindíssimo; meu pai, uma Elba CSL 1990 - com a frente dos 91 - impecável, até o câmbio era bom.
Eu era fã incondicional da Chevrolet, mas passei a gostar muito da linha ao andar várias vezes nestes dois carros.

Do Corcel não andei muito, só em uma Belina Ghia,mas foi uma vez só - o suficiente para gostar do painel completíssimo.

Encaixo na lista o Alfa Romeo 2300, um vizinho meu tinha um das últimas safras, já bem detonado. Mas morria de orgulho do carro, pois, como ele dizia, "é uma Alfa, oras!".

O Opala foi outro carro muito bacana. Particularmente, gosto dos 1975/1979. Gostaria muito de ter um cupê 250 com o câmbio de três marchas com alavanca no volante...

A lista é grande, muitas boas lembranças!

Belo post, vou ver se acho essa revista para comprar, faz tempo que não vou na banca ver uma QR do mês, hehe.

Xracer disse...

Douglas,

Leio a 4 Rodas desde criança, só parando de ler no período em que comprava a Motor3 (1980-1987).

Hoje em dia ainda a leio e coleciono, porém fico irritado que eles não testam os carros direito, primeiro que só testam carros Flex com Alcool, voce fica sem dado nenhum do consumo e desempenho com gasolina, depois não verificam a velocidade máxima, usam os dados das fábricas, falta a curva de torque/potência dos motores, falta na maioria dos testes as área de visibilidade, que só ocupam lugar nos testes em vazio. Ou seja um teste muito superficial.
O que acho bom são os Longa Duração, de 60000 Km, mas mesmo nesses andam só com alcool !

Quanto ao Chepala, a matéria saiu na Motor 3 número 57, de Março de 1985. Eu tirei umas fotos dessa matéria, posso te enviar por e-mail se quiser.

Douglas Antunes disse...

Disse tudo, Xracer!

Já passei muito nervoso com a QR a tual, pois a revista perdeu muito em técnica de alguns anos para cá.

Os testes são muito curtos, acho que o pessoal fica muito pouco tempo avaliando - o ideal é rodar uns 2/3 mil quilômetros para sentir o carro num todo. Como o pessoal da Quattroruote italiana faz até hoje, as avaliações são muito bacanas - e muito completas.

E não testar a velocidade máxima é algo que não entendo, pois, desde 1961, a QR testa automóveis - e usavam isso como uma forma de aferir efetivamente os dados, evitando, assim, alguma empolgação do fabricante.

E nem se fala de testar o carro apenas com álcool... Lembro de ter lido em algum editorial que era uma questão de postura ambiental, por conta do combustível vegetal poluir mesmo, mas, poxa vida, um teste tem de ser abrangente, usando o carro nas mais variadas condições...

Ao menos o longa ainda existe, pena que nos últimos que vi, não havia uma tabela com as medidas dos componentes do motor, coisa que existiam nos anos 80.

Ah, muito, mas muito obrigado pela informação! Estava procurando esta reportagem há algum tempo; no futuro (um tanto distante, hehe) eu penso em montar uma Marajó 2.5/S, pensando mais em torque do que desempenho.

E ficaria muito grato se você pudesse me mandar as fotografias por e-mail douglasantunespacheco@gmail.com).

Muito obrigado!

Thiago disse...

Xracer!

Primeiro, parabéns pelo blog! Sou fã da Revista Motor 3 também. Você pensa em digitalizar mais edições, foras as quatro que já estão aqui? Ficaria muito grato se o pudesse fazer! Abraços!

Xracer disse...

Obrigado pelo comentário, Thiago !

Motor3 marcou realmente uma geração pelas análises dos carros, com um texto primoroso e agradável e pelo altíssimo nível dos articulistas, a começar pelo editor José Luiz Vieira.

Sim, irei digitalizar mais números e postarei aqui no blog em breve, se você tiver conta no Google, siga meu blog e será avisado toda vez que eu publicar post novo !