quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

“The Electrical Experimenter”, 1914-1918

Uma interessante revista que saiu durante os anos da I Guerra Mundial nos EUA. Quando as pessoas ainda iam à Guerra com júbilo, enchendo os trens em seu garbosos uniformes, mal sabendo do inferno que enfrentariam numa guerra estática de trincheiras, bombardeios de artilharia e os primeiros aviões...


Pra encurtar a conversa... pois bem, nessa época surge essa revista, aproveitando a visão de que a tecnologia iria ser a chave para a resolução de todos os problemas, como vencer o inimigo.

Comento as revistas a seguir pelo conteúdo da capa, abaixo delas, divirtam-se...comentem o que acharam !


Quando saiu essa revista, em Agosto de 1915, os EUA ainda não tinham entrado na I Guerra Mundial, porém forneciam materiais bélicos para a Inglaterra e a França. A revista, como veremos nas capas, concentra-se em utilizações militares para a eletricidade, como nesta capa, que mostra uma antena de radio recebendo notícias da guerra na Europa.
Essa idéia é o embrião da localização de submarinos atual. A capa fala de torpedos sem fio, mas ele está aparentemente ligados a um barco por fios, que está em contato sem fios com um avião, que caçaria e localizaria o submarino.
Uma espécie de "Lagosta" mecânica... submarinos com pernas mecânicas e ainda emitindo raios destruidores.... porque supus serem submarinos ? Reparem nas torretas de periscópios... ou são simples suportes para os fios das antenas ? 
Um delírio inspirado nos primeiros tanques, dessa vez um tanque estilo motocicleta, de duas rodas e com mais de 15 metros de altura, cuspindo chumbo pra todo lado... tudo isso era vontade de destruir, de derrotar o inimigo ??   Engraçado que isso não mudou muito em quase 100 anos, diariamente vemos países agressivos demonstrando novas armas pra intimidar os inimigos.


Nikolas Tesla estava transformando ficção científica em realidade nessa época, e havia um projeto de um "raio da morte", uma mistura de eletricidade e magnetismo que afundaria navios
Outra concepção seria um raio antigravitacional, que jogaria navios inimigos longe... agora imagina a energia necessária para erguer milhares de toneladas (milhões de quilos), o peso de um navio de guerra... 

Esse ai eu não entendi bem como funcionaria... uma espécie de luz caça alvos, que despejaria suas bombas ao encontrar o alvo. Pensando na baixa velocidade dos aviões da época dá pra imaginar esses cabos balançando de um lado pra outro... ou seja, totalmente maluca e inviável essa idéia.
Até que enfim uma capa não atrelada à Guerra e destruição, duma roda gigante com uma gôndola de dirigível... agora pensa na dificuldade disso fazer curva, devido à alta massa suspensa e o momento polar de inércia !! E mais, parece que é uma mistura de motor a explosão (ou vapor ??) e eletricidade, veja a fumacinha saindo da gôndola !

A Televisão não existia ainda, mas já se especulava e se experimentava meios de captura de imagens. Está ai uma aplicação da tecnologia que realmente foi implementada, hoje em dia com as naves robôs de mergulho.


Note como os artefatos mecânicos dessa época são todos muito fortes, maciços e robustos... ou seja, extremamente pesados e blindados... haja potência para movê-los !  Essa idéia maluca de duas rodas gigantes unidas e disparando sobre as trincheiras adversárias chega a ser hilária ! Totalmente maluca !


Essa concepção foi realmente implementada, da comunicação entre a infantaria em terra  e os aviões, sendo a utilização das forças combinadas o fator mais importante, até hoje !


Uma idéia extravagante e totalmente inverosímel .. difícil até de entender... os soldados ficariam ligados à sua trincheira com fios, carregariam uma espécie de espada Jedi (????) e quando virem o inimigo ( que ficaria paradinho esperando...) ai então descarregariam nele um raio de eletricidade ? Completamente sem noção !!


Como diria Sheakespeare... isso é um sonho numa noite de verão de um General ensandecido !! A idéia é utilizar antisog e imensos cruzadores de batalha, que sairiam do mar e avançariam sobre a terra, sobre a infra-estrutura do inimigo, esmagando e destruindo tudo.... que coisa mais terrível !!! O mais próximo disso foram aqueles protótipos de tanques de quase 100 toneladas que os alemães fizeram, mas que esbarravam na confiabilidade devido ao excesso de peso... E os tanques anfíbios americanos.

Idéia muito sem sentido... cegando o submarino... ora ! Submarinos atacam furtivamente e de longe... navios com holofotes desses se  tornariam alvos mais fáceis de serem atingidos de noite, e não ao contrário !


Essa idéia é impressionante, pois realmente fizeram isso. Torpedos guiados, por fios, procurando os submarinos. Só não fica bem explicado como ver um submarino ao longe debaixo do mar, pois a visibilidade geralmente é muito reduzida !


A eletricidade nessa época era o elixir que prometia ajudar toda a humanidade, infelizmente também ajudar a destruir... essa capa com as bombas elétricas é uma amostra disso. O que seriam ? Baterias que explodissem e dessem choques em todos à volta ? Ou não explodiriam... seriam lançadas por essas medievais catapultas e quando o inimigo se aproximasse e pegasse elas na mão (!!!!) , o soldado que estaria de olho nelas então acionaria o comutador e o outro seria eletrocutado ? Que isso... que tanta maldade e trabalho !!!


Realmente não entendi essa idéia... pelo título de "vendo sinais sem fio", fica muito vago. Seria um sistema de orientação para um avião atacar o inimigo ? Porque o tripulante fica olhando numa mira ? Note a fragilidade dessas aeronaves, amarradas com cabos para não se desmontarem.

Mais uma vez a eletricidade faz tudo. Com a eletrônica ainda começando tudo é acionado por relês e dispositivos eletro-mecânicos, que dependem sempre das pessoas comandarem. Neste caso parece uma idéia temerária, de uns torpedos acompanharem o navio e ficarem fazendo uma espécie de escudo contra torpedos inimigos. Mas... e se eles virarem um pouco que for e atingirem o próprio navio ? Idéia mirabolante e nada prática.


Não entendi muito isso... para que esse sistema tão precário e difícil de visualizar, em vez de um rádio ? A única vantagem desse sistema copiado do usado nos navios, é dificultar a visualização e interceptação pelo inimigo.

Princípio das cargas de profundidades eletro-magnéticas, que seriam atraídas pelo casco metálico dos submarinos, detonando quando em contato com eles. Foram efetivamente testadas e usadas na guerra.


Imagine essa roda gigante na prática, com a tecnologia de controle de 100 anos atrás ! Que mira os soldados nesses caixotes amarrados com correntes teriam ? Isso é o resultado de tecnologia sem experimentação e engenharia aplicada, idéia em abundância, mas totalmente fora da realidade prática !


A idéia de um freio magnético é válida, porém precisaria de muita energia e muito espaço para ser exequível na prática. Ao fundo aparece uma torre de Tesla soltando os raios elétrico-magnéticos de forma visível.


A ilustração reflete o medo dos Norte-Americanos em terem sua homeland atacada por outros países, que venceriam a distância através de submarinos, que lançariam aviões para bombardear suas cidades. Na II Guerra Mundial os alemães realmente encostaram nos EUA de submarino, e até poderiam ter feito isso, mas não o fizeram porque não compensaria. Os aviões eram pequenos para caber nos submarinos, carregando pouca carga de bombas, a costa muito vigiada e a retaliação e afundamentos dos submarinos era uma certeza.


Outra idéia maluca, de sentinelas rotativos que atacariam aviões com cabos de aço com bombas (??) ou esferas de chumbo sólidas nas extremidades. E para parar isso ? Cairiam sozinhas ? Non-sense total !


Uau... o que é isso ? Robôs autônomos, soldados mecanizados defendendo trincheiras ? O sonho da ficção dos exércitos da época era poder ter esses engenhos de defesa automática, poupando a vida de seus soldados e acabando com a vida dos inimigos. Note que na ilustração não se vê sangue no mortos e feridos, uma utopia.

E por último, uma idéia que deve ter sido implementada na época ou depois, de balões rebocados por caminhões, para defesa aérea.
Thanks to Magazine Art

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